No oceano, a convecção ocorre quando as águas de superfície são resfriadas. Isso resulta num aumento da densidade da água na superfície e força as mesmas a descender. Já que um resfriamento intenso é necessário para causar convecção oceânica, esse processo ocorre principalmente nas regiões polares e não é tão facilmente observada como a que ocorre na atmosfera nas regiões tropicais.

A foto ao lado mostra uma imagem de um sensor de radar de abertura sintética (conhecido como SAR que vem synthetic aperture radar) coletada pelo satélite ERS-1 sobre o Mar da Groenlândia em fevereiro de 1992. Esta imagem tem cerca de 6,4 km de extensão nas duas direções. As águas cobertas com gelo aparecem em cinza ou branco, e as regiões livres de gelo aparecem em preto.

Uma feição bastante evidente é a distribuição do gelo de forma concentrada em alguns pontos. Regiões cobertas por gelo tem cerca de 500 m em diâmetro e são circundadas por regiões sem gelo de tamanho similar. Isso é interpretado como uma conseqüência da convecção: Quando uma célula de convecção se desenvolve, a água descende com grande velocidade. Isso cria um "espaço", o que faz com que mais água seja trazida lateralmente para preenche-lo, acumulando assim gelo sob as regiões em que a água está descendendo. As águas ascendem no perímetro da célula de convecção. Essa água é mais quente do que aquelas sendo resfriadas na superfície e derrete o gelo quando chega na superfície. Isso gera essa distribuição do gelo em grumos isolados numa matriz de regiões livres de gelo.


© 2000 M.Tomczak

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