O El Niño de 1997/1998

Essa janela mostra médias semanais da temperatura superficial do mar e pluviosidade para o período de Janeiro de 1997 a Dezembro de 1998. Um forte evento ENSO ocorreu durante esse período. Aqui podemos ver com a ajuda das anomalias, i.e., variações em torno das médias gerais de temperatura e pluviosidade. Para esses dados em particular, essa média geral é definida como a média semanal da temperatura superficial para um período de 30 anos (entre 1950 a 1979). Todos os dados foram obtidos com observações por satélite.

Vamos primeiro considerar a pluviosidade. Os satélites podem estimar pluviosidade com observações de radiação em ondas longas, ou ROL, que e medida em watts por metro quadrado (W m-2). A quantidade de ROL emitida por nuvens pode ser estimada pela temperatura das nuvens; quanto menor for a temperatura, menor é a ROL. Já que que o satélite não pode sentir o sinal que penetra as nuvens as medidas de ROL se relacionam apenas a temperatura no topo das mesmas.

A temperatura no topo das nuvens depende muito da altura em que a nuvem se encontra; quanto maior a altitude, mais frio é o topo. Baixas temperaturas no topo das nuvens, é claro, significa condensação e possível precipitação. Quando uma nuvem ultrapassa uma determinada altitude, inevitavelmente chuva começa a se desenvolver. Esse é o embasamento das estimativas de chuvas por satélite; baixa ROL significa baixa temperaturas no topo das nuvens, que significa que as nuvens estão em altitude elevada, que significa alta probabilidade de chuvas em superfície.

A animação mostra anomalias de ROL e assim pode ser interpretada como desvios de uma média de referência. Essa referência é por si só uma função do espaço e do tempo, sobre os quais nenhuma informação pode ser retirada. A única interpretação de mapas de anomalia de ROL pode ser que anomalias de ROL positivas significam chuvas menos intensas que a média, e anomalias negativas significam chuvas mais intensas que a média.

Abaixo está a escala para a animação da anomalia de pluviosidade. A animação pode ser vista:

do CD: abrindo o arquivoIntroOc/notes/figures/animations/olrenso.gif como um filme
da página na web: baixando o arquivohttp://www.es.flinders.edu.au/~mattom/IntroOc/notes/figures/animations/olrenso.gif e abrindo-o como film

no QuickTime ou qualquer outro aplicativo de imagens equivalente. Se você estiver usando a versão de CD dessas notas de aula, inicie seu programa de imagens e abra o arquivo do CD. Se você está lendo essas notas de aula na web, primeiro baixe o arquivo para o seu disco e depois faça a mesma operação descrita.

Para começar, observe a data no topo da figura e identifique o início e o final da série temporal. Uma vez que você se oriente tanto no tempo como no espaço, verifique se você consegue seguir os eventos que estão descritos abaixo.

Tons em azul claro sobre a maior parte do Oceano Pacífico tropical no início de 1997 indicam que a região recebeu chuvas em intensidade próximas aos valores médios (Radiação em Ondas Longas (ROL) está dentro de 30 W m-2 da sua média em para Janeiro calculada para um grande intervalo de tempo). A região oeste do Oceano Pacífico tropical ao leste das Filipinas e da Zona de Convergência do Pacífico Sul recebeu chuvas em quantias um pouco acima da média (anomalia de ROL próxima a -40 W m-2). Essa situação continua até o início de março quando as chuvas tem intensidade próxima aos valores médios quase em todos os lugares.

Durante meados de março a situação das chuvas nas Filipinas, Papua Nova Guiné e no norte da Austrália muda de um pouco acima da média para um pouco abaixo da média. Apesar dos desvios estarem dentro dos 30 W m-2 do lado positivo ou negativo, a tendência é significativa. Isso se torna mais evidente no início de maio, quando um centro de chuvas acima da média se desenvolve no equador na linha de datas (180°).

Os padrões em azul claro a oeste e em amarelo/abóbora no meridiano de 180° dominam os próximos meses. As regiões de chuva anômalas (tanto maiores ou menores que a média) crescem durante agosto, em particular ao longo da Zona de Convergência Inter-tropical. A anomalia de chuva mais forte ocorre em outubro, quando chuvas intensas são observadas ao leste do meridiano de 180°.

Durante o restante de 1998 as chuvas dobre o Oceano Pacífico tropical foram próximas as médias. Algumas chuvas anormalmente maiores sobre a Indonésia e o noroeste da Austrália em outubro e novembro de 1998 foram provavelmente relacionadas a atividades de ciclones.


A próxima animação mostra anomalias de Temperatura Superficial do Mar (TSM) em °C. Satélites podem medir TSM sobre as regiões sem cobertura de nuvens. A animação mostra padrões semanais de anomalia de TSM que são produzidos pela seleção de áreas sem nuvens de muitas imagens coletadas durante cada semana.

Abaixo está a escala para a animação de Temperatura Superficial do Mar. A animação pode ser vista:

do CD: abrindo o arquivoIntroOc/notes/figures/animations/sstenso.gif como um filme
da página na web: baixando o arquivohttp://www.es.flinders.edu.au/~mattom/IntroOc/notes/figures/animations/sstenso.gif e abrindo-o como film

no QuickTime ou qualquer outro aplicativo de imagens equivalente. Se você estiver usando a versão de CD dessas notas de aula, inicie seu programa de imagens e abra o arquivo do CD. Se você está lendo essas notas de aula na web, primeiro baixe o arquivo para o seu disco e depois faça a mesma operação descrita.

No inicio de 1997 a Temperatura Superficial do Mar TSM é próxima a média na maior parte dos lugares. TSM maiores que a média se desenvolvem ao longo da Zona de Convergência do Pacífico Sul durante fevereiro, acompanhadas como já vimos por chuvas mais intensas que a média (processo de acordo com o feedback positivo entre a TSM e a pluviosidade).

A primeira indicação para um evento El Niño pode ser vista no final de abril de 1997 quando as anomalias de TSM no extremo leste no equador excederam +4°C. Isso é uma confirmação que as mudanças em pluviosidade de pouco acima de média para pouco abaixo da média no oeste durante fevereiro e março foram significativas: Isso indicou o início de um evento ENSO que enviou uma onda equatorial solitária em direção a América. No final de abril, essa onda começou a afetar a ressurgência repondo a água fria ressurgida com água equatorial mais quente.

A inibição da ressurgência ao longo da costa Sul Americana e no equador foi intensificada durante os meses seguintes. Enquanto que a ressurgência equatorial ao longo da costa do Chile se recuperou em setembro de 1997, as anomalias de TSM equatoriais permaneceram bem acima da média entre o meridiano de 180° e o equador, chegando a valores de +5°C ou maiores em outubro/novembro de 1997 quando as anomalias de chuvas maiores foram observadas ao leste do meridiano de 180°. As anomalias de TSM equatoriais permaneceram altas até meados de março de 1998; elas então se deslocaram para a região nas proximidades do Equador (país) aonde altas TSM foram observadas até maio de 1998.

The remainder of 1998 sees a return to long term average conditions (small SST anomalies). The last two months are characterised by the development of lower than average SST along the equator (the result of strengthened equatorial upwelling), which indicates that at the end of 1998 the Pacific Ocean was not in an El Niño situation.

Feche essa janela quando você não precisar mais dela.


© 1999 M. Tomczak
Dados e animações © Andrew F. Loughe, Climate Diagnostics Centre, reproduzidas com permissão.
Visite o site da Climate Diagnostics Centrepara as últimas informações do estado atual do Oceano Pacífico tropical.

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